Síndrome do Ovário Policístico: o que é, como identificar e tratar

Sobrepeso, acne, excesso de pelos, atraso ou falta de ovulação, infertilidade. Essas são algumas das características que podem indicar a SOP – Síndrome de Ovários Policísticos. No entanto, esses sintomas não significam obrigatoriamente que a mulher esteja com a síndrome. Aqui, você vai saber mais sobre ela e sobre como tratá-la.

Falar sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos é falar, antes de tudo, sobre conhecer o próprio corpo e empoderar-se dele. Isso porque, quando você entende como funciona cada parte é mais fácil entender reações, como se relacionar melhor consigo e cuidar melhor de si mesma.

Quando se fala sobre Aparelho Reprodutor Feminino é imprescindível ter conhecimento das doenças, infecções e síndromes que podem acometê-lo. A Síndrome de Ovários Policísticos (SOP), por exemplo, atinge uma parcela importante das mulheres.

Confira, a seguir, mais informações sobre a SOP, a diferença entre ter a síndrome e ter ovários policísticos e como proteger o seu aparelho reprodutor.

Os ovários e seu funcionamento

Os ovários são glândulas onde são produzidos os óvulos. As mulheres já nascem com todos os óvulos que vão ser liberados ao longo da vida, mas eles só são liberados depois de amadurecidos. Antes de serem liberados, ficam dentro de folículos.  

Para ocorrer a liberação dos óvulos, alguns hormônios entram em ação. Isso vai fazer com que o óvulo maduro seja liberado, percorra a tuba uterina e, em caso de relação sexual no período fértil, pode haver a sua fecundação – e a gravidez.

Qual a diferença entre ovários policísticos e a Síndrome dos Ovários Policísticos?

Os cistos no ovários ocorrem quando óvulos liberados não amadureceram de forma correta, pois sofreram a influência excessiva de andrógenos (hormônios masculinos, mas que as mulheres também têm).

Resultado: os óvulos ficam enrijecidos e viram cistos. Quando vários deles instalam-se no órgão, ele se torna um ovário policístico. Mas ter um ovário policístico é diferente de ter a Síndrome dos Ovários Policísticos.

A SOP é caracterizada por pelo menos 2 desses 3 fatores:

  • Disfunção na ovulação: a ovulação fica diminuída ou a mulher não ovula
  • Aumento do nível de hormônios masculinos
  • Aparência policística nos ovários (visível mediante ultrassonografia)

Em alguns casos, pode ser que a mulher não apresente cistos nos ovários, mas esteja com a Síndrome. O cuidado deve ser redobrado.

Por que a Síndrome do Ovário Policístico ocorre?

As primeiras manifestações da Síndrome podem ocorrer na adolescência, cerca de 2 anos depois da menarca (primeira menstruação). As causas da SOP ainda estão em discussão, mas alguns estudos e pesquisas apontam que a origem pode ser genética e que haja uma ligação com resistência à insulina, hormônio responsável pelo controle de açúcar no sangue. O excesso de glicose influencia a produção dos hormônios masculinos, resultando na Síndrome.

E se eu tiver SOP? Quais as consequências?

Mulheres com a Síndrome têm dificuldade para engravidar (pela diminuição da ovulação), podem apresentar excesso de pelos no corpo (características masculinas), acne e sobrepeso . Se você tiver essas características não significa necessariamente que tem SOP – vale a pena consultar um(a) médico(a).

Portanto, se você planeja ter filhos, deve redobrar o cuidado para diagnosticar o quanto antes, pois a SOP pode prejudicar esse planejamento. Em alguns casos, a obesidade também pode estar relacionada à Síndrome.

Para acompanhar o que acontece com o seu aparelho reprodutivo, é essencial que você visite um ou um(a) médico(a) com regularidade. Ele ou ela é o profissional mais indicado para diagnosticar se existe algo fora do normal com sua produção de hormônios  e com seus ovários.

Essas visitas devem ser preventivas e rotineiras (constantes), para evitar a SOP, e também com foco em tratamento, caso seja identificado algum problema. Isso porque o diagnóstico precoce da Síndrome de Ovários Policísticos pode ajudar na redução de riscos de infertilidade no futuro.

Conheça seu corpo e como ele funciona. Converse com seu médico sobre isso e previna-se. A campanha Ela Decide é um ambiente de trocas. Converse com outras mulheres também. Lembre-se: você não está sozinha. #ElaDecide.

Leia mais sobre Aparelho Reprodutor e saúde feminina.

 

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