
Pronta para iniciar sua vida sexual?
Sem preconceitos ou tabus. Na hora H, o que vale é estar segura para decidir: quando, onde, com quem e como se proteger. As escolhas são suas.
Você lembra como deu início à sua vida sexual?
Muitas dúvidas e expectativas permeiam esse primeiro momento, por isso, a iniciação sexual deve ser tratada com clareza, livre de preconceitos ou tabus.
Embora não existam regras, para a primeira transa é fundamental que a pessoa se sinta preparada, tenha certeza de que é isso que quer e sinta que pode confiar no parceiro ou parceira. Aqui, vale a espera pelo momento ideal e o respeito ao próprio tempo. A decisão de quando, onde e com quem vai rolar a primeira vez é de cada garota, de cada mulher. Iniciar a vida sexual deve ser uma escolha.
Hoje em dia, os e as adolescentes brasileiros têm iniciado a vida sexual mais jovens, entre 13 e 17 anos. E esse início cada vez mais cedo levanta algumas preocupações, como os altos índices de gravidezes não planejadas e adolescentes com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo o HIV.
A prática do sexo seguro, que previna ISTs, deve ser uma de suas preocupações desde a primeira experiência e é uma responsabilidade a ser compartilhada com o parceiro. No Brasil, um dos métodos contraceptivos mais utilizado é a camisinha, distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 1994, seguido da pílula anticoncepcional, de acordo com o Ministério da Saúde. Mas estes não são os únicos, e conhecer o que é o melhor método pra você e para o seu corpo é fundamental.
Atualmente, o SUS oferece oito opções de métodos contraceptivos, que são disponibilizados nas Unidades Básicas de Saúde(UBS) e nas maternidades do SUS em todo o país. Vamos conhecer um pouco sobre esses métodos?
Camisinha masculina
O preservativo masculino impede o contato direto do pênis com a vagina durante a relação. Também captura o esperma quando é liberado, impedindo a entrada na vagina. Dessa forma, previne Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidez não planejada.
Camisinha feminina
A camisinha feminina é fabricada em borracha nitrílica, material antialérgico, inodoro e atóxico. É composta de uma bolsa de 17 cm de comprimento, com um anel flexível em cada extremidade. O anel interno, de 5 cm de diâmetro, é feito em poliuretano, usado para auxiliar na colocação da camisinha dentro da vagina e mantê-la no lugar. O anel externo, de 7 cm de diâmetro, permanece fora da vagina durante a relação sexual e oferece proteção adicional ao cobrir os lábios vaginais. A camisinha feminina vem pré-lubrificada com lubrificante à base de silicone para facilitar a colocação e aumentar a sensação de conforto. É uma excelente opção para mulheres e homens que têm alergia ao látex, e não causa efeitos colaterais. Além de prevenir a gravidez e proteger de doenças sexualmente transmissíveis.
DIU
Em formato de “T”, o dispositivo intrauterino (DIU) é plástico flexível, em forma de T, e contém um arame de cobre que diminui a movimentação dos espermatozoides dentro do útero e os elimina, impedindo que cheguem ao óvulo. O DIU também possui a versão hormonal, que libera continuamente no útero o hormônio progesterona, impedindo que haja a fecundação. Dependendo do produto, protege a mulher por 5 a 10 anos.
Injetável mensal e trimestral
Composta pela combinação de progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração, a injeção anticoncepcional tem como principal objetivo impedir a ovulação da mulher. Sua aplicação é intramuscular, aplicada de forma mensal, que pode ser usada desde a primeira menstruação, ou trimestral, recomendada a partir dos 16 anos. Ela é aplicada por um profissional de saúde.
Pílula anticoncepcional
É um dos métodos mais clássicos para evitar a gravidez. Possui base de hormônios combinados, geralmente estrogênio e progesterona sintéticos, que inibem a ovulação, além de transformar o útero em um ambiente hostil ao espermatozoide. Deve ser tomada diariamente, sempre no mesmo horário, e a eficácia é de aproximadamente 98%.
Minipílula
É uma pílula anticoncepcional composta exclusivamente pelo hormônio progestina. Assim como a pílula combinada, deve ser ingerida todos os dias e age evitando a ovulação, mas se difere ao dificultar que os espermatozoides alcancem o óvulo e, caso ocorra a fecundação, dificulta a implantação do possível óvulo fecundado no útero.
Pílula do dia seguinte
Conhecida popularmente como pílula do dia seguinte, não deve ser usada como método regular, somente em casos como: falha do preservativo, falha em relação ao uso de algum outro método, ocorrer relações sexuais sem uso de método anticoncepcional, e por vítimas de violência sexual. A eficácia maior se dá em até 72 horas e só tem efeito se a fecundação ainda não tiver ocorrido. Se a mulher já estiver grávida, a pílula não tem efeito abortivo. Ela também não deve ser usada de forma contínua devido à alta dosagem hormonal, pois uma dose dela equivale à metade de uma cartela de pílulas anticoncepcionais tradicionais.
Diafragma
Método de barreira física que impede a entrada dos espermatozoides no útero. Por ser considerado um método de barreira, ele se assemelha às camisinhas masculina e feminina, exceto pelo fato de que não previne Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Não há nenhum tipo de efeito colateral, nem contraindicações. Além disso, é uma opção para quem não se adaptou ou não gostou de métodos hormonais. Se a mulher optar por usar este método, a consulta com o profissional é essencial, pois as mulheres são diferentes e existem diversos tamanhos de diafragma. Este método também pode ser usado combinado com um preservativo. Deve ser colocado cerca de 15 a 30 minutos antes do contato íntimo e retirado apenas 12 horas após a relação, porém não pode permanecer mais que 24 horas no útero para não ocorrer infecção.
Anel Vaginal
É um pequeno anel plástico, flexível e descartável que libera constantemente os hormônios progesterona e estrogênio, evitando que os ovários liberem os óvulos. É colocado da mesma forma que um absorvente interno, e mantido no local por três semanas. Após esse período é feita uma pausa de uma semana e reinserido um novo anel.
Adesivo
Semelhante a um curativo, o adesivo anticoncepcional é de simples aplicação, basta colá-lo sobre a pele e realizar a troca semanalmente, dando uma pausa de uma semana a cada três. Na troca, o local de aplicação deve ser alterado, sendo as regiões mais indicadas para aplicação: as nádegas, os braços e abaixo da barriga. Geralmente não se solta com facilidade, mesmo no banho, mas é importante verificar sua integridade diariamente.
Implantes subdérmicos
São métodos contraceptivos constituídos de um sistema de silicone polimerizado com um hormônio no seu interior. Tem ação de inibição da ovulação, muco cervical e efeitos endometriais. É um método de longa duração, pois o implante com etonogestrel dura três anos. É muito eficaz, previne gravidez ectópica, e é rapidamente reversível, com o retorno da fertilidade após a remoção do implante. É importante ter em mente que ele não previne ISTs, inclusive HIV/AIDS.
Toda mulher tem o direito de decidir sobre o próprio corpo. Escolher o melhor momento para iniciar a vida sexual, com quem se relacionar, se quer relacionamentos longos ou casuais, qual o método de prevenção de ISTs e, caso opte por engravidar, em que momento fazê-lo, quantos filhos deseja ter (e se quer tê-los).
Conheça seu corpo. Atenda suas vontades. Decida!