Rede de apoio na maternidade!

Se liga nesse cuidado para toda a vida!
Desde o momento da gravidez são muitas as questões que envolvem a maternidade. As mulheres que atravessaram as aventuras da primeira viagem garantem: é um turbilhão de emoções e sentimentos. As experiências de cada uma são únicas e, por isso mesmo, compartilhá-las pode ser uma forma de se construir pontes num mundo que, às vezes, parece cheio de barreiras.
Talvez você tenha ouvido falar em rede de apoio e, certamente, você recebeu esse cuidado um dia. A avó, mãe, pai, tio, tia, madrinha, a irmã que acompanham os dias mais sensíveis, especialmente depois do parto. A melhor amiga, a prima, a vizinha que mandam uma mensagem com uma dica valiosa.
Planejando a rede de apoio

A Michele e o Bruno Passa, que são pais da Zahara, planejaram a rede de apoio de maneira quase simultânea à gestação. Como as famílias dos dois moram longe, o apartamento foi tomado pelo cuidado das avós durante uma temporada. Atualmente, a distância é minimizada com a ajudinha da tecnologia, já que o casal faz chamadas por vídeo para que a pequena mantenha as referências das avós. “Esse apoio emocional da nossa família é primordial”, destaca Michele, professora e influenciadora digital.
Responsabilidade compartilhada
No dia a dia a sintonia do casal fortalece os cuidados com Zahara. “As pessoas próximas brincam que somos uma dupla. Perguntam: ‘você acorda de madrugada também?’. Respondo que não é uma ajuda, que é a paternidade e que quero dividir com ela todos os momentos”, conta Bruno, que é oceanógrafo. Ao contrário do que se pode imaginar, Michele e Bruno não desenvolveram uma planilha para partilhar responsabilidades. Conversar, contar como se sente, expor para a outra pessoa dúvidas, inseguranças e medos ajuda. Você não tem que dar conta de tudo sozinha e não precisa.
Os pais de Akins e Dandara, a assistente social Adriana Arcebispo e o metroviário Josimar Silveira, que dividem um perfil no instagram voltado para suas vivências familiares, têm a sorte de contar com uma rede de apoio ampla. As tarefas em casa são divididas. Eles têm o suporte da mãe de Adriana, que passa um dia na semana com os netos, e dos amigos. A construção da rede de apoio permite que eles realizem diversas atividades com as crianças, juntos e também respeitando suas individualidades. Esse é um ponto muito importante: ir ao salão para fazer as unhas ou sair para tomar sorvete com as amigas pode e deve continuar sendo algo que lhe dê prazer.
Josimar lembra que neste ano, quando a esposa teve um problema de saúde, muita gente se dispôs a ajudar com os filhos do casal. “Eu pude cuidar dela tranquilamente porque tinha gente levando e buscando na escola, brincando com eles. Essa rede nos dá a sensação de acolhimento, de que não estamos sós”.
Acionando amigos e amigas

Depois de conversar em casa, está na hora do papo com os amigos mais próximos, mesmo os que não têm filhos e filhas. Essa é a dica da Danielle Bueno de Freitas, produtora e mãe do João e da Teresa. “A maternidade é linda, porém pode parecer solitária. As mães lidam de forma muito particular com essa demanda que é grande: amamentar, acordar de madrugada, estar o tempo todo cuidando do bebê. Eu acho que os amigos têm um papel fundamental quando se dispõem a estar presentes. Bom lembrar que aquela mãe continua sendo sua amiga divertida, que gosta de rir e conversar”.
Se sua melhor amiga não consegue segurar um recém-nascido, relaxe. Ela pode ir ao supermercado comprar frutas que não podem faltar na sua geladeira durante a amamentação e até dar um spoiler da série favorita, que você não terá tempo de assistir, mas que vai curtir saber mais sobre a trama. “Meus amigos são muito presentes. Sou mãe de um menino especial (João tem autismo) e que ama arte e eles sempre indicam oficinas e exposições, como as de grafite, que ele adora”, afirma Danielle.
Também tem espaço para grupos nas redes sociais

“Toda ajuda é bem-vinda porque o momento é muito legal, mas a gente não sabe de muita coisa, principalmente quando nasce o primeiro filho”, explica a gerente de marketing Telma Bueno Pimentel, mãe de Nina, Lola e Gael. Movida pela vontade de colaborar com mães e pais ao seu redor ela criou uma rede de apoio em forma de grupo de Whatsapp, do qual participam amigos próximos e alguns vizinhos.
A cooperação passa por dicas para ajudar nos desafios dos primeiros dias e meses do bebê, por cuidar de uma criança do apartamento ao lado, por buscar a turminha na escola se os pais ficaram presos no trânsito, por exemplo, e até por ceder uma xícara de farinha quando o ingrediente faltou. “O senso de viver em comunidade, de se ajudar é fundamental, ainda mais num mundo que está muito digital e, às vezes, solitário”, relata Telma.
Já pensou em montar uma rede de apoio assim? É um ótimo jeito de usar uma ferramenta on-line para o bem, para se ajudar e ajudar outras mães, pais e crianças.
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